Artigos / Matérias
Techospitality: tendências de inovação, tecnologia e IA para a indústria do turismo
Ferramentas tecnológicas devem melhorar a experiência do hóspede e agilizar processos na operação hoteleira.
A inovação, a tecnologia e a inteligência artificial estão desempenhando papéis cada vez mais importantes na indústria do turismo. Com o avanço tecnológico, as empresas do setor estão adotando soluções inovadoras para aprimorar a experiência do viajante, otimizar operações e impulsionar a eficiência geral.
Em termos de experiência do usuário, aplicativos móveis, realidade aumentada e virtual, e assistentes virtuais estão sendo incorporados para proporcionar aos turistas informações personalizadas, facilitando a reserva de hotéis, restaurantes e atividades turísticas.
Já no contexto operacional, a automação e a análise de dados estão contribuindo para a gestão eficiente de hotéis, companhias aéreas e agências de viagens. Sistemas de reserva automatizados, chatbots de atendimento ao cliente e análises preditivas ajudam a antecipar demandas, melhorar a alocação de recursos e oferecer um serviço mais ágil.
Rony Stefano, diretor financeiro da ADIT Brasil e CEO da Audaar — empresa de soluções digitais de locação e gestão imobiliária —, explica que já existe um termo técnico para essas ferramentas usadas no setor. Para o executivo, o uso adequado dos recursos disponíveis são capazes até de valorizar o negócio hoteleiro.
“Nós batizamos essas tecnologias a serviço da indústria de hospitalidade de Techospitality. Essas tecnologias inovadoras aumentam a produtividade da operação hoteleira, reduzem erros e dão respostas mais rápidas e confiáveis para os hóspedes”, diz.
“No caso de bots e análise de dados, por exemplo, se bem utilizadas, podem aumentar consideravelmente o valor percebido do produto oferecido”, enfatiza Stefano.
Realidades e tendências na operação e experiência de hospitalidade
As principais tendências tecnológicas na indústria do turismo para os próximos, na verdade, já são uma realidade para vários negócios hoteleiros e revelam diferentes formas de uso, como a inteligência artificial e internet das coisas.
Além de sugerir melhores práticas, servir como apoio às estratégias de marketing e comunicação entre vários outros recursos, Stefano explica que a inteligência artificial tem um papel funcional para tarefas que exigem habilidades pessoais e comportamentais.
“A inteligência artificial pode ser utilizada para criar, por exemplo, um roteiro de acordo com as necessidades e interesses de cada viajante ou para transmitir conhecimento mais rapidamente e uniformemente entre os colaboradores de uma empresa como manuais de boas práticas”, explica.
“Ressalto ainda a utilização de internet das coisas para facilitar o check-in, aumentando a segurança do hóspede e agilidade no caso das fechaduras e o conforto e ambientação nos quartos quando integramos controles de iluminação, ar condicionado, TVs, etc”, completa Stefano.
A integração desses aspectos não apenas aprimora a eficiência operacional, mas também redefine a experiência do viajante, antecipando suas necessidades e elevando o setor a novos patamares de excelência. E a vantagem é que todas as ferramentas e recursos, à medida que se tornam mais populares, se tornam também mais acessíveis.
“Atualmente essas tecnologias estão cada vez mais disponíveis e mesmo meios de hospedagem pequenos ou short-term rental podem utilizá-las”, afirma o diretor financeiro da ADIT Brasil.
Verificação e segurança de dados e informações
Apesar da tecnologia facilitar inúmeros processos da indústria hoteleira, existem pontos de atenção que precisam ser muito bem apurados antes de colocar qualquer ferramenta para operar — especialmente com marcas já consolidadas e/ou de grande alcance.
“Deve-se tomar cuidado, entretanto, como o conteúdo é “carregado” nos sistemas, pois pode conter imperfeições e de alguma forma prejudicar aquelas experiências que não foram carregadas corretamente”, menciona Stefano.
“Também a forma de extração dos dados requer muita experiência. Daí a nova profissão de análise de prompt se mostra necessária”, fala o executivo, sobre a necessidade de ter pessoas especialistas para tratar as soluções inovadoras.
Stefano também reflete sobre como as empresas do setor de turismo podem lidar com os desafios relacionados à segurança cibernética, especialmente considerando a crescente dependência de dados sensíveis dos clientes e sistemas interconectados.
“A lei de proteção de dados (LGPD) é bastante clara e severa quanto ao uso de informação e dita as regras de como as instituições devem criar Governança para tal. Uma vez estabelecidos os sistemas de compliance, esses devem ser rigidamente seguidos”, diz.
“Informações compartilhadas em sistemas de inteligência artificial podem acabar por se tornarem públicas. Temos casos curiosos de grandes corporações que dividiram seus códigos com o Chat GPT a fim de aprimoramento e acabaram por expor segredos industriais”, alerta o executivo do setor tecnológico.
Para ele, no entanto, é muito importante que as empresas não se intimidem com a tecnologia, mas sim conheçam as ferramentas disponíveis, suas normas e funcionamento, e se preparem para utilizá-las da melhor forma.
“Todo o cuidado é pouco. Mas temos uma certeza: a informação flui cada vez mais rapidamente e quem não utilizar os recursos tecnológicos disponíveis, vai ficar para trás”, destaca.
Para saber mais sobre inovação e tecnologia na indústria do turismo, participe do IMOBTUR’23, seminário de hospitalidade da ADIT Brasil que vai discutir estratégias e tendências para o futuro e sucesso do setor. Clique aqui e garanta já sua vaga!
Mais notícias
-
Novas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal devem impactar viabilidade do mercado imobiliário
-
Maior edição do Imobtur fortalece a inovação no mercado imobiliário-turístico
-
Tecnologia e o impacto na eficiência e experiência no aluguel de curta temporada
-
Como os novos hábitos de consumo e estilo de vida transformam os espaços residenciais