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Artigos / Matérias

Porque as cidades do futuro dependem do paisagismo sustentável

09/02/2021
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Premiado com o Rethinking the Future – Architecture, Construction & Design Awards 2018 e o Prêmio Master Imobiliário 2016, o empreendimento Seed Gamaro é o primeiro edifício no Brasil a receber uma floresta nativa tropical em sua fachada com árvores, palmeiras, arbustos e flores.

O século atual é o das cidades. Hoje, 90% dos brasileiros moram em cidades – e quando pensamos em uma escala global, mais de 50% da humanidade também. Em ambos os cenários, as áreas verdes são fundamentais para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população. Em um cenário de mudanças climáticas tão constantes, essas áreas são sinônimo de resiliência. É onde se insere o paisagismo. “Hoje o paisagismo não é supérfluo, enfeite ou decoração. É uma ferramenta fundamental para tornar possível a vida nas cidades, principalmente em um futuro próximo”, pontua Ricardo Cardim, Paisagista e Botânico Diretor do escritório Cardim Arquitetura Paisagística, e que tem apresentado um trabalho inovador resgatando a natureza original através de projetos e implantações em diferentes escalas.

Cardim desenvolve projetos paisagísticos focados na sustentabilidade por todo o país – sempre com plantas nativas de cada região onde está atuando. Sua vertente é o Paisagismo Natural – ou Paisagismo Sustentável, como prefere chamar. “Ele é, antes de mais nada, um paisagismo multifuncional. A decoração e a beleza estética são somente algumas das camadas, alguns dos pontos de interesse”, diz. Entre as preocupações está a forma como esse paisagismo vai se adequar aos serviços ambientais. Quais benefícios ele pode gerar para a população. “Diminuir a temperatura, aumentar a umidade do ar, conter o avanço de barulhos e atrair a biodiversidade são alguns deles. No geral, esse paisagismo precisa ser econômico, então ele vai possuir apenas plantas nativas adaptadas.”

As consequências? Uma economia de água considerável, menos trabalho na manutenção e uma diminuição de perdas. O desafio é, de fato, fazer as pessoas enxergarem a importância de valorizar a biodiversidade. “Ao fazer isso elas poderão, por exemplo, experimentar novos sabores com frutas nativas através de um pomar indígena, gerar renda para quem produz essas próprias espécies e, claro, preservar toda a cadeia de diversidade que existe no local.”

“Todo paisagismo é natural, então prefiro chamá-lo de paisagismo sustentável. Nele, usamos plantas da natureza – sejam estrangeiras ou nativas. Esse termo procura atender os objetivos da sustentabilidade ambiental, social e econômica.” 

Estima-se que 90% do paisagismo feito no Brasil é com plantas exóticas e estrangeiras, ou seja, que não estavam aqui antes dos europeus. Segundo Cardim, isso é catastrófico para o Meio Ambiente. “Quando se traz plantas de fora para cá, algumas se comportam como invasoras. Seus inimigos naturais desaparecem, já que eles ficaram em sua terra natal. E agora que encontram melhores opções de desenvolvimento [temperatura maior, umidade, etc], elas acabam se proliferando sem controle e ocupando a vegetação nativa, destruindo-a”, explica. No Brasil, diversas florestas tinham lá suas 300 espécies distintas até que uma invasão biológica como a explicada acima reduz esse número para algumas dezenas.  “Ou seja, você causa uma erosão profunda nessa biodiversidade.” 

Cardim publicou, em 2018, o livro “Remanescentes da Mata Atlântica: As Grandes Árvores da Floresta Original e Seus Vestígios” pela Editora Olhares, finalista no Prêmio Jabuti na categoria Ciência.

Outro ponto negativo sobre a utilização de plantas exóticas é o fato de que a população acaba conhecendo e valorizando apenas as espécies estrangeiras. “Elas estão em todos os lugares. Na escola, no resort onde se passa férias, no condomínio e até nas mostras de decoração famosas como Casacor.  Com isso, entende-se que apenas as espécies de fora são bonitas e sofisticadas. Enquanto se reforça o estereótipo de que a planta nativa é apenas um mato na beira da estrada, que pode ser queimada a qualquer momento”, defende o botânico que recebeu, em 2011, a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo da Câmara Municipal pela descoberta de áreas de Cerrado sobreviventes na malha urbana. 

Sobre as plantas nativas mais populares no Brasil é impossível listá-las. Cada região possui paisagens diferentes. É de uma riqueza extraordinária. “Se eu te falar 5 plantas emblemáticas, elas podem ser nativas aqui de São Paulo, mas exóticas em Minas Gerais, na Amazônia, no Rio Grande do Sul… O profissional para trabalhar nesse segmento tem que encontrar as plantas mais bonitas da sua região, as nativas serão as plantas mais adequadas”, diz Cardim. “E nesse ponto também existem as plantas culturais, que são as nativas, mas com esse apelo popular muito forte, como por exemplo a jabuticaba, o cambuci, o araçá e o caju.”

Projeto de paisagismo em parceria com o escritório suiço Enea Landscape Architecture para empreendimento residencial com 58.000 m² em 5 edifícios de 47 pavimentos. Uso exclusivo de espécies nativas da Mata Atlântica.

Com um significativo portfólio em grandes empresas e ações de ampla visibilidade, a Cardim Arquitetura Paisagística adota dois procedimentos prévios para fazer o desenho de um projeto. Segundo Cardim, o paisagismo sustentável é raríssimo no país e o seu escritório é um dos poucos, senão o único que atua no segmento em larga escala – com resorts e empreendimentos comerciais e residenciais. “Primeiro fazemos uma pesquisa profunda na bibliografia científica para descobrir quais as espécies que ocorrem naturalmente naquela região. Qual o tipo de vegetação e suas características. E também pesquisamos viveiros que produzem espécies nativas. Visitamos esses locais para entender as especificidades do terreno e como a vegetação está se comportando ali e nos arredores.”

Avenida Champs-Élysées, em Paris

A verdade é que o paisagismo sustentável está crescendo rápido, pois já é uma regra no mundo inteiro. “Tenho um exemplo disso. A avenida Champs-Élysées, no coração de Paris, vai ser toda reurbanizada, com um custo total de R$ 1 bilhão. O paisagismo que vai ser feito lá é totalmente sustentável com jardins de chuva, plantas nativas e aparência naturalista com as plantas misturadas”, afirma.

“O mundo já mudou, apenas o Brasil ainda não percebeu que o paisagismo aceito não é mais aquele que imita castelo francês.”

Para implantar esse tipo de paisagismo em novos projetos é preciso uma equipe multidisciplinar. Um escritório composto apenas por arquitetos não dá conta. “Outros profissionais são de suma importância para a soma dos conhecimentos. Atuamos com especialistas de drenagem urbana, de infiltração de água da chuva, de insolação de área, enfim. Um time de saberes específicos para obtenção de projetos holísticos e direcionados. Um projeto, no fim das contas, que vai trazer muito mais resultados para as pessoas e para o planeta”, comenta. O principal fator crítico é o conhecimento. Essas diversas disciplinas em conjunto garantem o sucesso dos projetos. “Esse arcabouço de conhecimento e técnica consegue elaborar projetos que realmente façam a diferença na sustentabilidade. Ideias que sejam funcionais, bonitas e que agreguem valor.”

Para o paisagista, os desenvolvedores devem aproveitar o maior ativo do país: sua natureza. ”Nossa natureza é a mais rica do planeta e não estamos sabendo usar isso. Temos que usá-la para gerar vendas, gerar sustentabilidade, gerar o sentimento no hóspede de que ele visitou uma paisagem única. Temos muito a explorar com o paisagismo moderno e sustentável”, conclui.


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