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Seminário nacional de investimentos imobiliários indica que o mercado começa a reagir
“É quase como se chegássemos ao fundo do poço e descobríssemos que tem uma mola ao final”.
A frase acima, da Diretora do Ibope Inteligência, Márcia Sola, resume o tom da 10ª edição do ADIT Invest, um dos maiores seminários de investimentos imobiliários do país, que reuniu em Belo Horizonte (dias 18 e 19 de junho) mais de 200 líderes do setor imobiliário, hoteleiro e bancário de todas as regiões do Brasil para discutir a retomada de investimentos após a desaceleração do primeiro semestre de 2015.
A diretora do Ibope foi uma das integrantes do painel “Quais são as conseqüências para os setores imobiliário e hoteleiro do atual ambiente político e econômico?”, que contou também com a presença do superintendente executivo da Caixa Econômica Federal, Sérgio Cançado, do Diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamento do Banco Bradesco, Osmar Martinez, e do presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT), Felipe Cavalcante. “Apesar de a crise ter afetado em cheio os investimentos na área, não podemos ficar paralisados”, disse Felipe Cavalcante, presidente da Adit. “Por isso mesmo, saímos daqui com a convicção de que é preciso retomar investimentos sabendo distinguir a crise econômica, real, da crise de confiança, que não pode ser retroalimentada pelo setor”.
Com mais de 15 painéis, o ADIT Invest reuniu integrantes de todos os segmentos do investimento imobiliário, de construtores e incorporadores aos representantes de bancos que apontaram alternativas para o financiamento do setor após a retração de financiamento de instituições públicas como Caixa Econômica Federal. Durante o evento, líderes do mercado lembraram que, apesar da retração do crédito, os recursos disponíveis para área ainda são bem maiores do que aqueles disponíveis até poucos anos atrás.
Além dos recursos para financiamento de grandes bancos privados (como o Bradesco, cujo representante, Osmar Martinez, garantiu a manutenção em 2015 dos mesmos R$ 18 bilhões para área no ano passado), o evento discutiu alternativas como as da securitização de recebíveis e outros modelos com a presença de representantes das instituições da área no país – como a Brazilian Securities, a Cibrasec e a Paramis GPP Finanças.
“Ainda que os indicadores macroeconômicos demorem a melhorar, o consumidor e as empresas começam a perceber que é preciso seguir em frente”, diz a diretora do Ibope Inteligência, Márcia Sola. “Não se trata de criar um clima artificial de otimismo, mas de constatar que surgirão, sim, oportunidades para as empresas que lançarem projetos consistentes apoiados em dados e não com base em momentos de euforia que sempre têm prazo de validade”.
Comunicação ADIT Brasil
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