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Segunda Residência, dois prazeres: Comprar e Usufruir
A segunda residência sempre um sonho da classe média, um lugar para descansar e levar a família para longe da rotina do dia a dia.
A curva desse tipo de investimento dura em média 12/15 anos, com sobrevida de mais 15 anos se a segunda geração assumir a casa como sua. Durante esses quinze anos há a fase do “deslumbramento”, seguida da fase “obrigação”, depois a fase “vou as vezes”, e , finalmente, a fase “preciso vender”!
O tempo de 15 anos é uma referência, pode ser mais curto conforme uma série de variáveis, sendo uma importante e determinante no encurtamento desse ciclo é o quanto o destino em que comprei a casa continua interessante.
Assim, segunda residência, duas alegrias: comprar e vender é o lema que cerca a aura desse tipo de investimento, porém, muita coisa mudou desde quando a venda a ser feita no Brasil em volume a partir da década de 70 do século passado.
Hoje, há o conceito de criar destinos ancorados em grandes atrativos artificias (parques, centros de entretenimento, esportes, polos culturais e etc), além dos atrativos naturais. Essa mentalidade é importante ao se analisar um projeto de segunda residência, pois o ciclo de vida não pode ser limitado a 15 ou 20 anos, são centros que devem ser perenes e atender gerações.
Se assim for, significa que a boa administração dos centros, a correta concepção de produtos atrairá sempre compradores para as unidades de segunda residência, sendo novas ou no mercado secundário, o que é um fato positivo, pois um destino envelhecer é comum se não houver uma união de forças entre o público e o privado para manter o destino vivo.
Então, um bom destino e boa oferta de alojamentos garantem o desenvolvimento do destino e um ciclo de vida longo para a segunda residência? Não, pois os consumidores não querem mais ficar presos ao patrimônio que compraram; a valorização do destino valoriza o imóvel, isso já é um bom sinal, porém, é necessário que existam fórmulas que atendam às necessidades dos proprietários no longo prazo.
Nesse momento, entra o sistema de Fractional e as possíveis combinações com Vacations Club e/ou Sistemas de Intercâmbio de Férias. O proprietário terá o direito e posse e de uso de um imóvel dividido com outros proprietários e poderá escolher se usufrui do direito de uso, ou se aluga para terceiros, ou se adere a sistemas que permitam que ele viaje trocando a semana do direito de uso dele pelo direito de uso de alguém em qualquer outro lugar.
No meio do caminho, entre comprar e usufruir, fica o desafio de manter os empreendimentos em condições ideias de uso ao longo do tempo, fato que necessitará de muito trabalho e aprendizado para administradores, pois a manutenção dos mesmos dependerá do pagamento da cota de manutenção/condomínio dos mesmo, mas isso fica para outro post.
Porém, já existem no Brasil boa oferta de imóveis que podem ser a solução para mudar o lema da segunda residencia para “comprar e usufruir”.
Alexandre Mota – Diretor na Caio Calfat Real Estate Consulting
Mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi e pós-graduado em Gestão de Marketing para Hotelaria e Turismo pela ECA/USP, já foi docente para os cursos de graduação e pós-graduação de hotelaria, comércio exterior e marketing & finanças da Anhembi-Morumbi e do Centro Universitário Senac, para o curso de hotelaria. Possui ampla experiência na gerência geral de diversos meios de hospedagem, e por 8 anos foi consultor associado da BSH International. Atuou como responsável técnico de estudos de mercado e econômico financeiro e avaliações e estudos para alavancagem financeira. Neste período foi o Hotel Asset Manager de quatro propriedades.
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