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Perfil #11 – Ênio Almeida
Ênio Faria de Almeida possui mais de quinze anos de experiência no mercado imobiliário e de multipropriedade, atuando em setores como Novos Negócios, Estruturação Financeira, Estudo de Viabilidade, Marketing, Tecnologia da Informação e Processos Empresariais.
“Trabalhei na EBM, depois vim para a W Palmerston. Comecei com o mercado tradicional e migrei para o universo de fracionados. Dentre as minhas principais realizações, está o desenvolvimento de empreendimentos. No período que trabalhei na outra empresa, entregamos mais de 50”, conta. Atualmente é diretor executivo na W Palmerston, onde está há cinco anos. “Começamos a fazer as entregas de muitos dos projetos idealizados lá no início.”
Almeida é formado em Ciências da Computação pela PUC Goiás com MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
Qual foi o maior desafio que você enfrentou/enfrenta atuando na WPA?
A própria criação da WPA, que é fruto da convergência e integração de diversas culturas pulverizadas no grupo em prol de uma identidade única, embora plural. O resultado desse árduo trabalho é a consolidação de uma mentalidade alinhada com a conquista de resultados e o senso de orgulho pelo pertencimento por parte dos colaboradores.
Tem filhos?
Sim, um filho. O Pedro, de 8 anos, a quem amo bastante e considero parte importantíssima de mim. A chance que ele me oferece de ser pai alimenta, entre nós, uma bela relação. Além disso, exercer a paternidade é de fundamental importância na própria construção de minha personalidade, o que ajuda bastante em todos os aspectos da vida.
Qual o seu Hobby?
Viajar.
Restaurante favorito?
Meu restaurante favorito fica em Goiânia. É o 1929 Trattoria Moderna, do chef Ian Baiocchi. É um restaurante que responde muito à minha preferência culinária, que é a italiana, sendo capaz de produzir um tempero tão original que, em minha opinião, chega a ser melhor do que a própria comida italiana feita na Itália.
Culinária favorita?
Culinária italiana. Adoro massas.
Prato que traz boas memórias?
A comida simples de minha vó com seus preparos típicos de uma vida mais afeita ao campo. Abóbora cabotiá com arroz, carne moída e feijão já é suficiente para me fazer viajar entre ótimas lembranças.
Um filme que marcou sua vida? E por qual motivo?
“Piratas do Vale do Silício”, um filme que assisti durante a faculdade. Ele conta muito a história de Bill Gates e Steve Jobs na criação de suas iniciativas vitoriosas. A visão de empreendedorismo e ousadia nos negócios me impressionou tanto que representou um divisor de águas em minha carreira, pois assisti à obra inspirado pela temática de tecnologia e inovação e acabei sensibilizado com a arte da gestão. Foi assim que minha vida profissional, que até então era pautada por um tom bastante técnico, tomou outros rumos, muito embora eu tenha completado a faculdade na área de TI.
Livro inesquecível – e maior lição aprendida durante a leitura?
Meu título preferido se conecta bastante com o filme. É o “Sonho Grande”, que narra a saga do Jorge Paulo Lemann junto com as pessoas que o ajudaram a criar o Banco Garantia, expandindo depois os seus negócios para o mundo todo. Gosto bastante de histórias reais. Esse livro, em específico, apresenta uma trajetória inspiradora, que ensina muito sobre resiliência e empreendedorismo. Outro fator que eu considero importante é sobre como ele demonstra a importância das pessoas, algo em que acredito muito. Eu gosto de formar, de investir, de ajudar no crescimento. Até para prezar a formação de um corpo bem qualificado para a empresa. O Jorge Paulo Lemann veio para consolidar muito essa visão dentro de mim sobre como o investimento em recursos humanos é valoroso, propiciando a aceleração no desenvolvimento de ideias sólidas e colaborando para distribuir oportunidades para todos progredirem juntos.
Banda/cantor(a) favorito(a)?
Sou bem eclético, mas acredito que Engenheiros do Hawaii representa bem o que eu sou. É rock nacional, música feita por gente nossa, com letras fortes e um modo de ver o mundo que ainda é bastante atual. Marcou bastante o meu passado.
Banda/cantor(a) que mais tem escutado ultimamente?
Nando Reis. Gosto bastante da voz dele, do talento lírico para as composições. Acompanho ele desde que estava nos Titãs, quando dividiu palco com a Cássia Eller também, em parcerias memoráveis. Então ele é outro representante do rock nacional que tem meu apreço.
Série preferida?
Smallville, uma série que acompanhei finalizando a adolescência, praticamente. Sempre gostei dos filmes do Superman, e Smalville é uma série que conta justamente algo que é pouco abordado no cânone do super-herói, que é a história dele na adolescência, na descoberta de seus poderes, nos seus dilemas familiares, amorosos e profissionais. Foi uma série bem famosa e longa na época. Gostei muito.
Rede social favorita?
Duas, basicamente. Uma é o Linkedin, pelo perfil de interação profissional, propiciando conhecer pessoas novas, ter acesso a histórias incríveis e construir network. E a outra rede, em que eu alio muito o pessoal e o profissional, é o Instagram. Se trata de uma mídia mais simples, com ferramentas bastante acessíveis. São as duas que mais uso. Primeiro o Instagram, depois o LinkedIn.
Destino favorito no Brasil?
Bem, em minha concepção, o Brasil é dividido em três fundamentos turísticos: os destinos de praia, de serra e de grandes cidades, cada qual com o seu estilo. Então vou falar de três. Meu destino preferido de serra é Gramado, que é bastante aconchegante e possui uma gastronomia excelente. A cidade que mais gosto é São Paulo, com seu portfólio enorme de serviços e restaurantes, entre outras virtudes. E as praias mais bonitas, para mim, estão na região do estado de Alagoas, principalmente em Maceió.
Destino favorito no mundo?
Dentre os lugares que já visitei, Nova York, certamente. Gosto da região metropolitana, do movimento da cidade, da gastronomia, dos teatros. Acho uma cidade muito viva, com o Central Park sendo um ponto de respiro na urbanidade intensa da metrópole. Já os destinos que estão na minha lista de prioridade para visita são aqueles com praias paradisíacas, como Maldivas e Bora Bora.
Maior conquista profissional?
A maior alegria que tenho na vida profissional é ver a realização de pessoas que começaram comigo. Tenho bastante satisfação quando vejo que estagiários ou menores aprendizes sobre quem praticamente adotei a atitude de mentoria se desenvolveram a ponto de ocupar postos altos, lugares de importância, em cargos de diretoria e gerência, por exemplo. Isso leva tempo por conta da maturação de um ciclo que pode durar entre 8 e 10 anos, mas traz bastante alegria constatar que o meu apoio exerceu algum grau de influência sobre essas conquistas, que também tomo como minhas. Hoje essas pessoas estão comigo ou em outras empresas, agregando valor. Poderia citar nomes, mas acabaria sendo injusto. É como uma safra e, nesse sentido, posso dizer que, especialmente no ano passado e retrasado, tive excelentes colheitas.
Algo que te orgulha?
Me orgulha o crescimento das pessoas, como já mencionei, porque isso tem bastante a ver com a minha própria trajetória. Gosto de ajudar. Sei que foi difícil para mim no começo. Tive três pessoas em minha vida que foram fundamentais para que eu pudesse trilhar um caminho próprio, e, por ver a importância disso, tento retribuir da mesma forma que recebi. Sou do interior, vim de uma cidade com menos de 20 mil habitantes, cheguei a Goiânia sem indicação e sem conhecer ninguém. Então basicamente algumas pessoas me adotaram. É um privilégio e honra para mim, hoje, poder fazer o mesmo e manter essa linha de valores solidários.
Personalidade que admira do setor em que você atua?
Não apenas porque está inserido nesse contexto, mas admiro demais o Waldo Palmerston, que é com quem trabalho agora. Ele é um empresário que tem uma certa ousadia, é um empreendedor nato, mas tem o pé no chão. Sabe o que está fazendo e possui um feeling bastante apurado para os negócios. Independente de planilhas e números, a sua intuição costuma ser extremamente assertiva. É muito bonito ver ele fechando negócios e parcerias. Aprendo muito com ele.
Personalidade que admira do mundo dos negócios?
Jorge Paulo Lemann, muito por conta de eu ter tomado conhecimento sobre a sua história e a veia nata de empreendedorismo que ele possui. A forma como ele trata a gestão dos negócios, coisa que é formidável, está muito atrelada às pessoas porque ele forma quadros para que eles estejam prontos para algum outro empreendimento que ele pretende desenvolver. Todo segredo dele está nas pessoas, na forma como consegue engajar. É o tipo de empreendedor que faz um foguete para chegar à Lua e todos querem estar dentro. É muito bacana ver o avanço meritocrático das empresas e o tipo de cultura de gestão que elas recebem por intermédio do Lemann.
O que ninguém imagina sobre você?
Provavelmente a minha origem. Acho que poucas pessoas sabem que minhas raízes estão fincadas na fazenda, no campo, inclusive com formação técnica em agropecuária. Possuo uma relação bastante íntima com o campo, onde vivi boa parte de minha infância e adolescência, ajudando meus pais e avós a lidarem com o dia a dia. Por isso, desenvolvi habilidades diversas. Um bom exemplo é tocar berrante. Tenho cavalos, adoro cavalgar, gosto de tanger a boiada, então essa relação direta com os animais é algo que aprecio.
Habilidade que deseja desenvolver no futuro?
O feeling mais comercial para negócios, uma habilidade que é menos aprendida do que apreendida com a vivência e o contato mais próximo junto aos experts. Trabalho nesse objetivo ao lidar com gente como o Waldo e também acompanhando extensas bibliografias contemporâneas, que demonstram as diferentes formas de desenvolver negócios, de modo que essa aptidão também se torne mais apurada em mim.
Qualidade pessoal que se orgulha?
Gosto muito do olhar que eu tenho para as pessoas, de entender como as pessoas são, de tentar ajudá-las para que consigam atingir o seu potencial. Eu tenho essa facilidade, então consigo realizar uma boa leitura de quem possui vontade de fazer a diferença, mas precisa de apoio.
Uma frase que te inspira?
Gosto daquela famosa frase que diz que “tudo que vai, volta”. Então, se você é generoso, educado, ético e trata os seus negócios com responsabilidade, tudo isso retorna a seu favor. Uma via de mão dupla, então acredito muito nesse lema.
O que você mais gosta na visão e estrutura funcional da WPA?
O que eu mais gosto é das pessoas porque é um time totalmente recrutado para a missão, para o propósito dela. Então nós temos um time de liderança que replica isso em todos os níveis de colaboradores. Todos compartilham da nossa visão e valores. E é um time com o qual eu tenho contato diário, que eu vejo se afinar cada vez mais, tanto na gestão quanto na comunicação. Gosto bastante dessa sinergia e desse dinamismo que a WPA tem com uma cultura criada por nós mesmos.
Qual conselho você daria para sua versão mais jovem?
Um conselho que talvez valha até hoje, mas que no passado era ainda mais importante: ter paciência. Parar, respirar, analisar e fazer. Acho que principalmente nós, da geração Y, somos bastante ansiosos para fazer as coisas acontecerem de forma muito rápida, e há situações que requerem o seu próprio tempo. Então eu diria: “Espere, tenha paciência que vai dar tudo certo. Não é precisa forçar muito porque o tempo vai chegar”.
Uma reflexão própria que tem guiado sua vida? Pode ser um conselho, uma frase de efeito, algo que você mesmo criou e adotou como lema de vida.
“Mudar dá medo! Mas a gente deveria mesmo é ter medo de ficar no mesmo lugar”.
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