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Inflação moderada, turismo ecológico e mais: confira as principais projeções para o turismo em 2024
Diretora de Fidelização da Aviva analisa as tendências e estratégias que devem movimentar o setor neste ano
Para o turismo, o mês de janeiro, além da chegada do novo ano, traz também uma série de projeções e análises decisivas que instruem os players no planejamento dos negócios para as próximas temporadas. E uma dessas análises começa justamente pela observação das lições deixadas pelo ano anterior.
Para Bruna Apolinário, diretora de Fidelização na Aviva, empresa detentora do Rio Quente Resorts, Costa do Sauípe e Hot Park, 2023 enfatizou ainda mais como a experiência do cliente precisa ser valorizada — em paralelo com o equilíbrio das operações internas.
“Atenção total na satisfação do cliente, controle de custos internos, análises profundas dos resultados e capacitação para aumento de produtividade e acompanhamento diário do modelo de negócio”. Estas são algumas das lições destacadas por Bruna.
Se tratando de projeções, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, também está no radar dos executivos e investidores. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
“A taxa de inflação medida pela IPCA pode ter um grande impacto, dependendo de vários fatores, se a inflação aumentar, por exemplo, aumenta também os custos operacionais para os hotéis o que acaba sendo repassado para a diária média junto ao consumidor final, resultando um menor poder de compra e hotéis e resorts ociosos”, elucida a diretora.
Para 2024, a estimativa do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), tem mantido a taxa na casa aproximada dos 3,9%. Para Bruna, ainda assim, é fundamental seguir acompanhando as projeções e avaliações dos especialistas em economia.
“As especulações atuais dizem que em 2024 vamos fechar com uma inflação moderada, o que significa não impactar tanto o turismo esse ano, mas toda atenção é pouca num cenário onde estamos com intervenções internacionais política e de guerra no mundo”, afirma.
Além das métricas, tendências…
Outro ponto que merece iniciativas estrategicamente elaboradas são as tendências baseadas no turismo ecológico. A diretora da Aviva acredita que essas serão apostas valiosas para quem quer agradar clientes e hóspedes oferecendo mais do que um custo/benefício atrativo.
“Acredito que o turismo ecológico vai crescer ainda mais, experiências imersas e voltadas à natureza, experiências exclusivas e autênticas. Há uma forte tendência na busca de destinos que tenham boas práticas voltadas ao turismo sustentável”, destaca Bruna.
Em 2024, as preocupações sociais e ambientais — puxadas pelas ações de ESG que têm ganhado força em empresas de todos os setores pelo mundo — deverão ditar muitas das escolhas feitas pelo consumidor e, portanto, não podendo mais ser ignoradas.
“O viajante está cada vez mais preocupado em como os hotéis e resorts lidam com o desperdício de comida, energia e como contribuem com o crescimento da comunidade ao redor”, revela Bruna.
Além disso, para ela, o turismo internacional no país pode se destacar, desde que haja um cuidado público para oferecer a infraestrutura que esse tipo de turismo procura em um destino antes mesmo de pesquisar as passagens aéreas.
“Somos um país com grande potencial, porém pouco competitivo no mercado internacional. Precisamos nos mostrar mais atraentes a esse público investindo em segurança pública, infraestrutura, posicionando mais nossas riquezas naturais, nossa cultura e nossa hospitalidade brasileira”, enfatiza.
Conselho e estratégia para um 2024 mais produtivo
Conhecer cada vez mais o cliente e entender a proporção de satisfação e receita gerada nos negócios turísticos é um conselho que a executiva deixa para players e investidores do setor que buscam maior lucratividade durante este ano.
“Ter uma estratégia clara de abertura de novas praças, sendo mais assertivos nos investimentos de MKT, oferecendo produtos que tenham mais clareza na entrega e uma conexão com o cliente final”, diz Bruna.
Mais que isso, a diretora de Fidelização da Aviva ressalta que as estratégias precisam ser bem executadas, mas principalmente claras. Isso é o que de fato deverá promover a credibilidade da marca diante de um cenário em que a sustentabilidade predomina.
“Produtos de fidelização precisam estar todavia ancorados na verdade e na transparência, com atributos de valor consistentes que elevem a indústria da multipropriedade e/ou Time Share a indicadores mais sustentáveis”, completa.
- Por Maíra Sobral – Analista de conteúdo da ADIT Brasil
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