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COMPLAN: Na Era da Informação, Carlos Marchi fala sobre conceitos e métodos que revolucionam o desenvolvimento urbano no mundo
O avanço das tecnologias trazem um impacto direto no desenvolvimento de projetos urbanísticos. É com essa visão que o tema ‘Metadesign e Gêmeos Digitais nas cidades contemporâneas – Na vanguarda do mundo’ será debatido por Carlos Marchi, Partner da Allower Urban Data Science, na 12ª edição do COMPLAN, dos dias 19 a 21 de outubro, em Florianópolis.
Por que e como decidir estrategicamente por determinada coisa em um projeto? Como integrar as novas tecnologias às ações humanas para o desenvolvimento urbano? Perguntas como essa podem hoje ser respondidas por métodos como metadesign e os gêmeos digitais, fazendo possível com que a limitação humana seja superada e crie uma verdadeira revolução no modo como se vê, pensa e constrói cidade.
“A gente não só tem informação disruptiva, mas tem uma inovação que pode ser considerada gnomônica. Ou seja, uma inovação que a gente ainda nem sabe que existe, são ideias que o ser humano sozinho ainda nem sequer acordou pra elas. E a tecnologia, junto do conceito de metadesign, usa a informação para inspirar o ser humano a tomar uma decisão que seja mais próspera, dentro de conceitos que ele ainda não vislumbrou. Acho que essa é a beleza do metadesign”, explica Marchi.
Mas afinal, o que é metadesign? O que é um gêmeo digital?
De acordo com o arquiteto Carlos Marchi, nós vivemos o que é chamada Era da Informação. Com isso, o segmento imobiliário e a indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) passam por um processo de transformação, onde a aliança entre as tecnologias digitais e o conhecimento humano passam a ser um fator não apenas importante, mas essencial na construção e desenvolvimento de projetos.
O Metadesign, que será abordado no painel do COMPLAN 2022, é um conceito explorado nos Estados Unidos e na Europa, e se define pela amplificação do processo de design de ideias, utilizando novas informações articuladas através de avançadas tecnologias. Aqui, a pergunta não é mais por que fazer ou como fazer, mas, sim, o que fazer – projetando o futuro. Quanto ao Gêmeo Digital, ele é um modelo computacional vivo. Ele renderiza toda a informação que é coletada em tempo real, através de sensores de satélite ou informação em big data, ilustrando e tornando visível a informação.
“Você consegue simplesmente criar informações para gerações futuras dentro desses produtos que estão sendo desenvolvidos e testá-los, que eu acho que é o mais legal de tudo. Você consegue simular o que esse produto vai causar na cidade, no bairro ou no lote, usando o gêmeo digital como um cenário vivo de teste, como se fosse uma réplica da nossa realidade, mas dentro da tela do computador, onde esses futuros podem ser testados e simplesmente experimentados do ponto de vista do usuário, do poder público e do ponto de vista do investidor. Eu acho que a gente acaba tendo, dentro da ideia de metadesign e gêmeo digital, uma visão transdisciplinar entre todos os segmentos da indústria da construção e criar, dentro disso, uma articulação que é super potente pra quem lida com cenários complexos, como cenários urbanos”, pontua o arquiteto.
Esses instrumentos dão mais segurança, lastro e precisão para a tomada de decisão a longo prazo, sendo capaz de revelar oportunidades de negócios no mercado imobiliário, fundamentadas informacionalmente. Além disso, quando o empreendedor cria o seu próprio gêmeo digital, ele ganha vantagens competitivas como a antecipação dos movimentos de mercado e construção de tendências, sustentadas por processos de inovação sistêmica.
“Os aspectos de inovação integrada promovidos pelo Metadesign e Gêmeos Digitais devem contribuir para que as cidades se tornem ambientalmente mais sustentáveis, resilientes, socialmente mais saudáveis, inclusivas e economicamente mais prósperas, impactando positivamente não só na vida das gerações urbanas atuais, mas também nas futuras”, completa Marchi.
O COMPLAN
Além da temática explorada pelo sócio da Allower, o Complan – principal seminário sobre comunidades planejadas, loteamentos e desenvolvimento urbano do Brasil – traz mais 20 assuntos pertinentes ao mercado, apresentados pelos principais players do setor.
Quem participa aproveitará dois dias completos de conteúdo e verá assuntos como collabs imobiliárias, estratégias de marketing, empreendimentos boutique, como desenvolver projetos de loteamentos diferenciados, novas ancoragens, metadesign, gêmeos digitais, visão dos marter developers e muito mais.
Para conferir a programação completa basta acessar o site www.adit.com.br/eventos/complan/, onde também são realizadas as inscrições.
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