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Como a jornada ESG fortalece a eficiência operacional e reputação dos projetos de comunidades planejadas

Assunto será tema de painel e workshop no Complan 2023.
Em um mundo preocupado com as crises climáticas, a abordagem ESG para comunidades planejadas se tornou mais relevante do que nunca. Os temas que envolvem sustentabilidade e responsabilidade ambiental têm ganhado destaque global no âmbito das empresas de todos os setores, com foco crescente nas práticas ambientais, sociais e de governança.
Mas se tratando de desenvolvedores urbanos, uma das necessidades imediatas é entender como incorporar os princípios ESG nas comunidades planejadas, além dos resultados que podem ser alcançados na geração de valor dos projetos e no desempenho econômico para o setor imobiliário.
Myriam Tschiptschin, gerente do Núcleo de Smart Cities e Infraestrutura Sustentável, na CTE e coordenadora da comissão de ESG da ADIT Brasil, destaca que as práticas ESG contribuem para a eficiência operacional e redução de riscos, mas também fortalecem a reputação e o posicionamento dos empreendimentos.
“Diante da emergência climática, o mundo está valorizando isso cada vez mais. A gente tem aí não só investidores, mas também o próprio usuário final, os moradores dessas comunidades, buscando espaços realmente sustentáveis para viver”, enfatiza.
“E todos esses aspectos, esse posicionamento no sentido de trazer soluções para as crises climáticas, tudo isso é a reputação do projeto, traz engajamento com os stakeholders e tem muito a ver com minimizar os riscos dos processos”, complementa Myriam.
Dessa forma, alguns dos principais tópicos que devem estar no radar de estudos e experimentações para os players do mercado imobiliário estão ligados a práticas de ESG muito mais estratégicas do que conceituais, como:
- Preservação Ambiental e Economia Operacional;
- Sustentabilidade e Eficiência Energética;
- Gestão Hídrica em Comunidades Planejadas;
- Implementação das estratégias de sustentabilidade;
- Como engajar stakeholders nesse processo.
O objetivo de abraçar a sustentabilidade, incluindo eficiência energética, gestão hídrica e estratégias de conservação ambiental tem como foco a proteção do meio ambiente, mas também a redução dos custos operacionais a longo prazo.
“Então, como preservação ambiental, desempenho e economia operacional podem andar juntos? Porque quando a gente fala de sustentabilidade a gente tá falando aí de eficiência energética”, provoca a especialista.
A discussão em torno desses tópicos exige ainda o envolvimento de todas as partes interessadas, incluindo moradores, vizinhanças, investidores e o poder público. O foco é criar um ecossistema de colaboração que inclua a todos para garantir o sucesso das iniciativas e da implementação de estratégias de sustentabilidade em todas as etapas.
Experiências de Projetos de Infraestrutura
Ainda que o caminho na incorporação de princípios ESG seja novo para muitos projetos, o Brasil já reúne exemplos de comunidades planejadas que desenvolveram soluções de infraestruturas baseadas na preservação da natureza e enfrentamento das crises ambientais.
Myriam cita que a Riviera de São Lourenço, em São Paulo, e o Porto Belo Golf Resort, em Santa Catarina, ilustram como essas estratégias já foram aplicadas com sucesso, demonstrando a viabilidade das soluções.

“A Riviera é um empreendimento sênior, com mais experiência e práticas consolidadas, já no Porto Belo Golf Resorts — embora ainda não esteja pronto — as estratégias de drenagem sustentável já foram construídas e já estão em funcionamento, mesmo agora diante das super chuvas que aconteceram na região sul,” explica Myrian.
Essas comunidades planejadas estão demonstrando que é possível preservar o meio ambiente e gerar valor econômico ao mesmo tempo em que prioriza o bem-estar e interesses dos moradores. Assim, a experiência de projetos reais ressalta a viabilidade e os benefícios dessas práticas.
Aprenda mais sobre ESG na prática no palco do Complan 2023
Para quem deseja saber mais sobre como posicionar o seu empreendimento nas iniciativas de ESG, o Complan 2023 realizará o painel “E(nvironment)SG na Prática. Debate sobre projetos comprometidos com a mitigação das crises climáticas”.
A palestra terá Beatriz Codas, sócia-fundadora da Geasa Engenharia, Paulo Velzi, coordenador geral da Riviera de São Lourenço (Sobloco), Richard Schwambach, sócio-diretor da WERT Empreendimentos, e moderação de Myriam Tschiptschin.
A programação do evento terá ainda o workshop “ESG na Prática – Definição da jornada ESG de projetos e oficina para as aplicações de soluções baseadas na natureza (SbN)”, conduzido também por Myriam Tschiptschin e Beatriz Codas.
Neste ano, o Complan está na sua 13ª edição e será realizado do dia 25 a 27 de outubro, no Bourbon Atibaia Resort, em Atibaia (SP).
Essa é a oportunidade de aprofundar seu aprendizado sobre o assunto, conhecer as experiências de projetos de comunidades planejadas, destacando como eles estão contribuindo para a mitigação das crises climáticas e como essas estratégias estão sendo aplicadas na prática.
Para acompanhar de perto esse importante debate sobre ESG e muitos outros assuntos relacionados ao desenvolvimento urbano, adquira já seu ingresso para o Complan 2023!
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