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Com aquisição de Sauípe e planos de novos destinos, Grupo Rio Quente se transforma em Aviva
Francisco Costa Neto, CEO da Aviva, conta essa nova fase com previsão de investimentos na casa de R$ 1 bi até 2025
Potencializar pode ser um bom verbo para traduzir a nova fase do Grupo Rio Quente, agora denominado Aviva Algar FLC. O movimento começou ao final de 2017, com a aquisição estratégica de Costa do Sauípe, localizado em Mata de São João (BA). O capital para compra do complexo no litoral baiano saiu do próprio bolso em operação que custou R$ 140,5 milhões e foi autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A união de dois grandes nomes do entretenimento nacional – Rio Quente Parques & Resorts e Costa do Sauípe Parques & Resorts, deu vida a uma nova identidade de marca em sintonia com toda a operação desses dois dois destinos, além do vacation club, operadora, hot park e novos destinos em breve.
Apresentada ao público no final de outubro, a identidade da marca surge como uma interpretação da nova fase para a companhia, onde o entretenimento ganha o papel prioritário nas atrações dos destinos. Em entrevista exclusiva à ADIT durante o ADIT Hotel, Francisco Costa Neto, CEO da Aviva, compartilhou o que o momento significa para a companhia. “Essa marca veio para unir a aquisição do Sauípe com o Rio Quente, com o propósito de ser transformador, e para isso acreditamos em entretenimento. Essa vai ser a nossa grande virada para demonstrar ao setor que o business precisa mudar”, enfatizou o executivo.
O investimento na vertente do entretenimento é notado de imediato nos produtos dos dois destinos. Mudanças inaugurais como reformas, novos restaurantes e atrações diferenciadas já foram apresentadas. A aquisição de Costa do Sauípe implicou em um investimento pesado na região, que recebeu uma Quermesse – remetendo aos pequenos parques de diversões itinerantes que rodam o Brasil, com destaque para a Roda Gigante Sauípe e o carrossel; Vila Assombrada, espaço com ambientação geral da casa, tanto interna quanto externa, inspirada em filmes clássicos de terror, entre outras atrações.
Além do grande foco em entretenimento, o negócio aposta ainda em ferramentas como parcerias estratégicas com agências de turismo e tempo compartilhado para a manutenção de receita positiva. “Estamos há 19 anos com timeshare, somos pioneiros no Brasil e temos o maior clube de férias do país. Este ano devemos faturar, entre os dois locais, R$ 360 milhões. Costa do Sauípe é uma operação pequena ainda comparado ao seu potencial. Ano passado, antes da nossa administração, vendeu R$ 18 milhões e este ano já esperamos vender R$ 60 milhões. Então o clube já cresceu três vezes, se comparado ao ano passado, e esperamos mais um pouco no próximo ano”, afirmou Costa Neto.
No Rio Quente, a Aviva está desenhando o Hot City, que Francisco Costa Neto caracteriza como “o equivalente a uma vila como é o Downtown Disney ou o Universal City Walk” e deve ser lançado ainda em 2019.
O grupo projeta um montante de R$ 1 bilhão em investimentos até o ano de 2025. Mas, para Neto, além da estrutura física, o conteúdo é foco no desenvolvimento dos projetos. “Iremos acoplar isso com o conteúdo, ter os talentos para focar no entretenimento. Queremos, por exemplo, ter uma camareira que sabe brincar com um jogo de toalhas e um óculos que o hóspede deixou ali na cama. Porque isso é entretenimento também”, comentou.
A unificação das duas marcas representa ainda mais oportunidades para os clientes da Aviva. O grupo explica que os novos produtos do clube de férias já dão o direito a usufruto de ambos os destinos, enquanto os clientes antigos têm a possibilidade de realizar um upgrade em seus planos para assim utilizarem seus pontos nos dois destinos.
Costa Neto confirma que está de olho em novos destinos para unirem-se à marca. Questionado sobre as tendências que procura, é enfático: “A tendência é diversificar um pouco, buscando destinos complementares aos nossos. Temos que ter destinos com malha aérea interessante, sustentável. Além de ser um ativo que tenha um apelo de natureza, onde vamos complementar com entretenimento, que é o nosso core”.
Sintetizando o que já está indicado pelo nome, a Aviva quer trazer um novo vigor para indústria, fazendo com que a mesma trate a hospedagem como um meio e não um fim. “Eu acho que só isso afeta a decisão de compra do cliente. As pessoas já estão cansadas de ter 7 dias pautados simplesmente pela gastronomia. Elas vão pelo que fazer na região ou no próprio resort”, conclui.
Por Klaus Roger e Martín Diaz – CONTEÚDO ADIT
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