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Boas práticas e métodos de gestão de pessoas para motivar os colaboradores
Especialistas explicam estratégias de satisfação do time para bom desempenho da empresa
Uma máxima comum defendida por boa parte dos setores de gestão de pessoas em empresas é que os colaboradores são o recurso mais valioso da organização. Isto pois, colaboradores competentes, satisfeitos e engajados tendem a ser mais produtivos para o alcance dos objetivos corporativos.
Assim, a gestão de pessoas busca alinhar os interesses e as necessidades dos profissionais — investindo em seu desenvolvimento e bem-estar, por exemplo — com os objetivos da empresa, a partir de um ambiente de trabalho saudável e motivador.
Para explicar as boas práticas no tratamento dos times e indivíduos, a ADIT Brasil conversou com Viviane Magalhães, diretora de Talento, Cultura e Felicidade do Grupo Tauá, e Lucas Fireman, fundador e CEO da Zaut, plataforma de benefícios.
Políticas para uma condição de trabalho ideal
O ponto de partida para reter talentos e fortalecer o rendimento da equipe é oferecer condições de trabalho adequadas. Essas políticas básicas devem contemplar tanto o aspecto técnico, quanto pessoal do colaborador.
“Para garantir condições ideais de trabalho, é fundamental equilibrar desafio, remuneração justa e uma cultura forte. Implementação de políticas como reconhecimento por desempenho, oportunidades de capacitação e promoções internas são vitais”, afirma Fireman.
“A chave é criar um ambiente onde os colaboradores sintam-se valorizados e enxerguem oportunidades. Feedback regular e ações de reconhecimento, não materiais, são fundamentais para manter alta motivação e engajamento, essenciais para reter talentos e fomentar lideranças”, completa o CEO da Zaut.
No Grupo Tauá, Viviane Magalhães explica que existe uma conscientização para todas as lideranças, que reforça os princípios fundamentais para que a equipe possa atuar com integridade.
“O essencial não pode falhar, como por exemplo uma boa alimentação, uma excelente área para descanso e descontração, fretado confortável, água em pontos acessíveis, etc. Prezamos por um clima de trabalho leve, alegre e seguro”, destaca a diretora.
“Investimos em treinamento e crescimento profissional, priorizando sempre as pessoas da casa, como por exemplo o Programa de formação de sucessores. Temos ainda programas e eventos internos ligados ao reconhecimento”, elucida.
Igualmente importante, é conseguir avaliar se as políticas implementadas estão surtindo o resultado desejado. Para isso, os líderes usam diferentes estratégias que medem a satisfação do time.
“Temos o Felicitômetro, que é uma ferramenta de medição e acompanhamento do clima e vários canais de comunicação como o café com diretor, Tauá Criativo, pesquisa GPTW e ouvidoria”, conta Magalhães.
Já na Zaut, Fireman opta por avaliar os resultados antes e depois de ações de reconhecimento, visto que o desempenho e números da equipe costumam refletir após as iniciativas de valorização.
“Para avaliar se estamos no caminho certo, gosto de medir o turnover voluntário, ou seja, quantos colaboradores pediram para sair. Complementar ao turnover, olho também para o e-NPS, que mede a satisfação da equipe”, detalha.
Como acontece a adesão dessas políticas de avaliação e gestão
Um desafio para as empresas pode ser a adesão das políticas de avaliação e gestão de pessoas, como essas já mencionadas, seja por usar metodologias menos eficientes, seja por não contar com o engajamento ideal das equipes.
Os especialistas revelam algumas estratégias e práticas que fazem a diferença no processo de implementação, até que as medidas se tornem parte da cultura da organização.
“Uma política de premiação, tem muito mais trabalho por parte da empresa em estruturar, calcular, apurar, divulgar, do que do colaborador. Já quando se trata de uma pesquisa, precisamos que o colaborador participe, para isso existem algumas metodologias que facilitam a implantação pela empresa”, constata Fireman.
O executivo também ressalta que é importante a empresa entender que mudanças geram resistências, mas, com as recompensas certas, as iniciativas vão se encaixando. Magalhães conta que no Grupo Tauá, o percentual de respostas das pesquisas de satisfação tem uma boa adesão, acima de 70%.
“Em relação aos programas, percebemos um crescimento na utilização de benefícios, alguns até 80% a mais se comparado a 2022. Em 2021, estruturamos o departamento de ESG com a criação de comitês diversos e intensificação de ações sociais para a comunidade”, diz.
“Por 3 vezes no ano, fazemos um grande evento que chamamos de ‘reunião de cultura’, onde as premiações são feitas. Cada reunião tem uma produção/decoração e tema diferente”, relata a diretora.
A executiva também acrescenta que, além das pesquisas, a satisfação dos colaboradores pode ainda ser acompanhada por meio das postagens feitas por eles mencionando os benefícios e programas no Linkedin e no Instagram.
O CEO da Zaut alerta que, em geral, os considerados “talentos” da empresa são os que mais valorizam essas ações, pois se sentem recompensados, e aconselha os demais líderes que atuam na gestão de pessoas em outras organizações:
“É importante a empresa ter em mente que é impossível agradar todo mundo. Minha dica é: foque naqueles que geram mais resultados, eles farão propagandas espontâneas de vocês, muitas vezes acabam virando defensores da empresa”, finaliza Fireman.
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