Quais são as conseqüências para o setor Imobiliário diante do atual ambiente político e econômico nacional?

Sempre defendi que não vivíamos uma crise econômica generalizada, nós vivíamos uma crise Política que acarretou em uma crise Econômica. Hoje, há uma fuga de capital por parte dos investidores, que perderam a confiança no Mercado Imobiliário. A partir do momento em que o investidor tem um país onde o risco de investir aumenta, esse investidor vai embora e o dinheiro muda lugar, criando um movimento em cadeia desastroso.

Acredito que estamos em um processo de retomada, eu costumo dizer que é o gatilho da recuperação, que consiste em devolver a confiança aos investidores para que todo mecanismo micro e macro econômico funcione, e consequentemente o Setor Imobiliário será beneficiado. Obviamente, para que tudo seja de fato absolvido e implementado demanda-se tempo.

Quais são as perspectivas para o setor de loteamentos?

São boas. Neste momento de crise, ele surgiu como alternativa de investimento por ofertar um preço menor. Faz parte do perfil do brasileiro a compra de ativos e se eles são disponibilizados com um preço coerente, você consegue ter uma chance maior de vascularizar os seus produtos. O loteamento sempre vai aparecer como uma alternativa de investimento, até porque as classes sociais de médio e baixo padrão enxergam no loteamento a oportunidade de construir o seu imóvel de forma planejada e ao longo do tempo, sem ter que desembolsar de imediato uma grande quantidade de recursos.

Os estudos de mercado têm de fato contribuído para a tomada de decisão dos investidores e quais fatores são determinantes para o resultado eficiente da análise mercadológica?

Sim e muito! Desde o ano passado, quando houve a desaceleração do Mercado, aqueles que fizeram estudos conseguiram tomar a “decisão ótima” que consiste em empreender, entender se existe um público-alvo, qual a quantidade ideal do produto e a tabela de vendas, ou seja, é difícil de ter um produto que não esteja de acordo com a demanda. Por outro lado, tão bom quanto empreender é ter o sinal vermelho para não perder dinheiro, a “decisão ótima” visualiza se você deve ou não investir.

Um empreendimento imobiliário é algo muito sério, saber o que fazer ou não fazer é crucial. Então, este recurso tem auxiliado bastante os empreendedores, principalmente a entender os nichos de mercado e as variáveis de demanda, correlacionando-as à oferta.

Quais são as suas expectativas para o ADIT Invest?

São as melhores possíveis, o ADIT Invest é sempre um evento muito rico e nele encontramos todos os players que fazem parte da cadeia produtiva do setor imobiliário, empresários, investidores, desenvolvedores… É um excelente lugar para discutir oportunidades e entender o que podemos fazer para melhorar o Setor.

A Prospecta pensa em elaborar algum indicador o mercado de propriedades compartilhadas?

Sim, pretendemos criar isto junto à ADIT Brasil, com lançamento previsto para setembro durante o ADIT Share em Maceió (AL). Será o primeiro Indicador de Atratividade Imobiliária que mede o Mercado de Propriedades Compartilhadas e Hoteleiro.

Jéssica Leite – Comunicação ADIT Brasil