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9ª edição do ADIT Invest reúne os maiores especialistas em investimentos imobiliários e turísticos do Brasil e um público com cerca de 250 pessoas em Brasília – DF
O ADIT Invest 2014 mantém-se como o evento de maior referência para o mercado imobiliário nacional atraindo um público advindo de todas as partes do País

Há quase uma década a ADIT Brasil promove todos os anos o evento ADIT Invest, consolidando-se a cada versão, como o maior encontro de investimentos imobiliários e turísticos do Brasil, cujo grande objetivo é conectar o setor financeiro ao mercado imobiliário. A 9ª edição do ADIT Invest aconteceu durante os dias 29 e 30 de maio, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília – DF.
O Presidente da ADIT Brasil, Felipe Cavalcante, aproveitou a abertura oficial do ADIT Invest 2014 ressaltando a importância deste encontro para atualizar os setores imobiliário e turístico e salientar a oportunidade adequada para a geração de network entre os participantes. Nesta edição, o ADIT Invest reuniu cerca de 250 empresários e investidores de todas as partes do País, atuantes em diversos ramos, como incorporadoras, construtoras, loteadoras, redes hoteleiras, securitizadoras, fundos de investimentos e bancos.
Foram dois dias de muito debate acerca de assuntos relevantes para os players do mercado imobiliário nacional distribuídos entre 15 painéis e 4 workshops, onde mais de 40 especialistas nacionais e internacionais traçaram o cenário brasileiro para investimento no setor durante o ano de realização da Copa e para os próximos anos.
No primeiro painel do ADIT Invest 2014, especialistas apontaram as principais tendências que irão afetar o setor imobiliário nos próximos anos. Máximo Lima (Hemisfério Sul), Márcia Sola (IBOPE Inteligência) e Celso Petrucci (SECOVI – SP) falaram sobre a existência de uma superoferta dentro de 2 anos no setor imobiliário nacional. Para Márcia Sola, o mercado imobiliário sofrerá uma desaceleração, tornando-o mais racional. “Este cenário requer uma pesquisa mais apurada antes de investir”, opina a especialista. Felipe Cavalcante, Presidente da entidade foi o moderador deste debate, que teve Celso Petrucci como último painelista a traçar sua perspectiva sobre o setor afirmando que o mercado é cíclico, por isso a mensagem do especialista foi otimista prevendo que o mercado residencial nacional continuará com forte demanda.

José Manoel Alvarez Lopez, João Paulo Rossi e Wesley de Araújo Medeiros, representantes das empresas Mauá Zogbi Investimentos Imobiliários, Polo Capital e BRB – DTVM expuseram suas visões relativas aos fundos de investimentos para o mercado imobiliário e indicaram onde estão as melhores oportunidades de investimentos, mostrando que no cenário do mercado imobiliário pra fundos existem oportunidades. O especialista Wesley Araújo, do Banco de Brasília – BRB, tem pedido sempre que levem projetos num terreno consolidado para que não reste dúvida ao investidor sobre o tamanho do risco que ele vai correr. “Logicamente que cresceu o nível de exigência. Então, são aqueles projetos bem construídos e bem argumentados que têm sido atrativos para os investidores”. De acordo com Araújo, as altas taxas de juros têm um efeito importante quando se trata de fundos imobiliários, isso tira a atratividade dos demais produtos, entre eles os imobiliários. Para ele, há outras oportunidades de investimentos, dentre elas, no segmento de hotéis. Mas a dica do especialista foi no sentido de fugir um pouco das regiões mais óbvias e citou Brasília como um exemplo de carência na área hoteleira e com grande demanda para centros logísticos. Já em São Paulo há a necessidade de centros logísticos mais inteligentes, que estejam situados numa distância onde os grandes veículos não infrinjam os normativos crescentes de mobilidade.
Cristiano Teixeira (Norcon – Rossi) atuou como moderador do painel, no qual os três painelistas assumiram posição unânime em aconselhar aqueles que pretendem investir em Fundos Imobiliários: o conhecimento técnico do incorporador sobre o projeto apresentado é essencial. Na visão de Cristiano Teixeira, o tema “Fundos de Investimentos” é bastante complexo porque atualmente existe um cenário imobiliário um pouco desconfortável (eleições presidenciáveis em 2014) que gera dificuldades e ao mesmo tempo, com uma oferta de produtos enorme no mercado, seja para shopping, para centros empresariais, loteamentos, edifícios residenciais de todas as classes. No entanto, Teixeira fez questão de destacar que “muitas vezes o próprio investidor não entende bem o negócio do qual participa”.
As “Perspectivas e desafios do setor de loteamentos no Brasil” foi assunto moderado por Rita Martins (Rita Martins & Advogados). Avelino Palma, João Paulo Pacífico e Mordejai Goldenberg, respectivamente das empresas Cibrasec, Gruop Gaia e Kros Participações e Negócios foram painelistas. O tema questionando “o que esperar do setor hoteleiro após a Copa” foi moderado por Lucas Izoton (Viverbem). Oportuno pela proximidade do advento da Copa do Mundo no Brasil, este debate resultou em tranquilidade para os participantes ansiosos em saber as perspectivas dos especialistas para a Copa de 2014. Louis Alicea (Wyndham Hotel Group), Eduardo Camargo (Accor), Ricardo Mader (Jones Lang LaSalle) defenderam que o setor hoteleiro está em pleno desenvolvimento no Brasil e continuará se expandindo independente da expectativa da Copa. Perguntado sobre a indústria hoteleira após a maior manifestação esportiva mundial, seus efeitos e possibilidades futuras para o Brasil, o porto-riquenho Louis Alicea disse acreditar que o Brasil irá passar pela fase da Copa sem problemas e que este acontecimento será bem positivo para o País. “Os brasileiros são pessoas muito carinhosas e têm um país belo, com muitos recursos naturais”, acrescentou. Eduardo Camargo confia que o setor hoteleiro não irá esfriar após o evento. “Iremos, sim, continuar ‘aquecidos’”, afirmou. Sobre o futuro do setor após o advento da Copa do Mundo no País, Ricardo Mader entende que nesta área, muitos investimentos estrangeiros foram atraídos pelos grandes eventos esportivos – Copa de 2014 e Olimpíadas em 2016- mas enfatizou que o investidor estrangeiro costuma fazer investimentos de longo prazo. “Portanto, a hotelaria nacional vai continuar crescendo nas grandes cidades, porém será em cidades secundárias e terciárias que os maiores investimentos irão acontecer”, destacou.
Outros 6 painéis foram apresentados durante o primeiro dia do Invest, totalizando 10 painéis exibidos. Assuntos como “Comunidades Planejadas: como essa tendência pode trazer benefícios financeiros e incorporadores?”, apresentado pelos painelistas Nilson Nóbrega (Prima Inova), Saulo Suassuna (Nova Urbanismo), Sérgio Viera (Espírito Santo Property), José Jandson Cândido (Aria Empreendimentos Sustentáveis) e pelo moderador Lúcio Mário Lopes Rodrigues (Aria Empreendimentos Sustentáveis); “O papel do setor privado no desenvolvimento das cidades”, contando com Fernando Magesty (Caixa Econômica Federal- CEF), José Carlos Martins (CBIC), Caio Portugal (SECOVI – SP e AELO), com Felipe Cavalcante (Presidente da ADIT Brasil) como moderador. O consultor da CEF coloca a Caixa como a maior provedora de novas soluções para o setor, estando empenhada em conceder créditos imobiliários com agilidade de repasse de capital para acelerar o desenvolvimento do mercado. “O cenário é favorável para isto”, acrescenta. Caio Portugal destacou a questão das Associações de Moradores como um dos pontos que precisam ser regulamentados, alinhando o papel da Associação, da Gestão Pública e da Sociedade. Na opinião de José Carlos Martins, faz- se necessário o próprio setor prover dados sobre o mercado potencial a que se pretende desenvolver créditos bancários.
O Moderador Carlos Eduardo Peres Ferrari (Negrão, Ferrari & Bumlai Chodraui Advogados) resumiu o que foi discutido durante o painel “Instrumentos para levantar recursos para o setor imobiliário”, pontuando as vantagens e desvantagens dos Fundos de Investimentos em Participação (FIP) e dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FII). As vantagens e desvantagens foram bastante discutidas neste painel, assim como os desafios para a captação e recursos para o mercado imobiliário por meio de fundos de investimentos imobiliários ou por meio dos fundos de investimento em participações. “Uma das principais diferenças entre os dois modelos e o que fundamenta a escolha de decisão de um fundo ou de outro está principalmente na natureza dos cotistas que irão investir: quem vai ser o investidor de cada um desses fundos”. Ferrari explicou que “os investidores institucionais estão mais familiarizados com a indústria dos FIP’s, já os investimentos de fundo imobiliário (FII) nascem a partir de uma base de investidores pessoa física, que buscam um ativo já construído e com renda perene e periódica.” Rodrigo Machado (XP Finance), Rafael Selegatto (Banco Fator) e Bruno Brito (Sigel Capital) tiveram ampla participação neste debate.

A “Estruturação de projetos de ‘timeshare’ e ‘fractional’ sob a ótica financeira” foi apresentada pelos executivos Juliano Macedo (Mabu Hotéis), Roberto M. Bertino (Grupo Nobile) e Antônio Carlos M. Gomes (TC Brasil) sob a moderação de Juan Ignacio Rodrigues, vice-presidente da RCI na América Latina, que durante a sua apresentação disse acreditar que o Brasil continuará crescendo em diferentes destinos.
Fernando César Brasileiro e Marcelo Michaluá, representantes das empresas Ápice Securitizadora Imobiliária S. A. e RB Capital, respectivamente; tendo Hélio Abreu, da Record Engenharia, como moderador, deram explicações sobre “como se associar a investidores, bancos e securitizadoras: impacto na gestão, governança e operação das empresas”.
“Hotéis econômicos, de luxo ou resorts? Qual região do Brasil? Redes hoteleiras nacionais ou internacionais?”foram aspectos questionados pelos painelistas Nuno Constatino, Diogo Canteras, Michael Schnurle, das empresas Pestana Hotels and Resorts, HotelInvest e Horwath HTL do Brasil Consultoria em Hotelaria e Turismo; com Maria Carolina Pinheiro, da RCI. Para Maria Carolina, falar de segmentação de região é abrangente. “Acho que isso ajuda porque a gente pode falar um pouquinho de cada região, já que neste painel são três pessoas conhecedoras do mercado brasileiro”. A especialista apostou num debate bastante proveitoso para os participantes retirarem algumas dúvidas que são constantes: “por que hotelaria econômica? Por que resort? Aonde deve investir no Brasil?”.Os especialistas Frederico Porto, Décio Baptista Santos, Nelson Campos e o moderador Nilson Nobrega explicaram “Como estruturar projetos para a atração de investidores”.
Em seu segundo dia, a programação do ADIT Invest mostrou 5 painéis e 4 workshops. A temática dos painéis incluiu os assuntos: Levantamento de recursos por meio de securitização de recebíveis; As dificuldades e oportunidades encontradas pelo setor hoteleiro no Brasil, tópico que fez um traçado sobre as perspectivas x desafios deste setor; Existe um boom de loteamentos no Brasil?; Estruturação, viabilização, detalhamento do modelo de negócio e perspectiva do mercado de shopping centers e centros logísticos, e Como atrair investidores através da estruturação de projetos. Referências do mercado nacional e internacional falaram acerca destes temas. Rodolfo Vasconcellos, da Investa capital, indicou o que ele considera o melhor investimento. De acordo com o entendendo do especialista, o mercado está passando por uma desaceleração. “Mas sem dúvida nenhuma o setor imobiliário é um setor muito melhor para se investir do que outros setores, apesar de não mais existir aquela exuberância irracional, ainda é um mercado muito bom”, justificando sua premissa em dados do banco central do mês passado, que mostram a redução dos créditos bancários a todos os setores, menos para o imobiliário. “Então, o setor pode não estar tão bem quando há uns anos atrás, mas ainda é uma das melhores opções para o investidor, seja banco, seja fundo de investimento”, concluiu.
O moderador Andersom Cunha, da empresa Vivendi, avalia o encontro como um ambiente muito importante no painel nacional, tendo em vista a diversificação dos conhecimentos em relação aos participantes. Sob a sua ótica “o ADIT Invest tem altíssimo nível no tocante a todas as áreas imobiliárias, do hoteleiro até a parte de loteamentos e tem tudo para crescer cada vez mais. Queremos estar presentes em todos os outros eventos, seja como painelista ou como moderador, porque a cada edição, aprende-se mais do que se aprendeu no ano anterior”.
A 9ª edição do ADIT Invest encerrou suas atividades com 4 workshops em andamento, sendo 2 por vez. O especialista Clóvis Meloque (CLM Consultoria) explicou durante a conversa sobre “Viabilidade econômico-financeira de empreendimentos de timeshare e fractional” que o objetivo do formato timeshare é aumentar entre 20 e 30% a ocupação do hotel. “Este modelo deu certo no Brasil porque houve uma adaptação a hotéis já existentes e uma grande ênfase nas vendas e pós-venda para manter o cliente”.
“Asset Management – Como fazer a gestão de ativos hoteleiros sob a ótica dos proprietários e investidores” foi o tema do workshop apresentado por Carolina Sass de Haro, da empresa Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços. Já Cristiano Rabelo, sócio- diretor da Prospecta, Grupo que agrega a empresa Execut Consultoria foi facilitador de dois workshops que falavam sobre a viabilidade econômica e financeira de empreendimentos imobiliários e de empreendimentos do tipo loteamentos. O especialista alertou sobre a necessidade de identificar o perfil do mercado antes de partir para os investimentos. Durante suas explicações, apresentou o novo método de análise e pesquisa mercadológica criado pela Prospecta, denominado P2i – Insight de Mercado, um instrumento de uso simplificado para propiciar mais segurança e firmeza para aqueles que pretendem investir em empreendimentos imobiliários. A nova solução de estudo permite visualizar com antecedência e assertividade várias informações estratégicas sobre o mercado. “De forma acessível (baixo investimento financeiro), o empreendedor recebe feedback imediato e com toda precisão sobre a leitura da demanda e o traçado do perfil do público da localidade escolhida para empreender mitigando os riscos”, explicou.
Na observação do Presidente da instituição, Felipe Cavalcante, a capacidade de adaptação da ADIT é a sua principal força. “O mercado está sempre se renovando e a ADIT está conseguindo captar o curso do mercado, ajustando a entidade para atender às necessidades dos seus associados, mantendo-se antenada com o que está acontecendo no cenário imobiliário de uma forma geral”. Cavalcante destacou que o grande foco da ADIT Brasil é aplicar e gerar business para o setor e para isso é preciso manter a atenção no que está acontecendo no ambiente imobiliário. “Temos nos adaptado às novas realidades do mercado”.
Por: Daniela Sampaio
Assessora de Imprensa da ADIT Brasil
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