Perfil
Perfil 123 – Kardec Borges

Kardec Borges é arquiteto, cofundador e diretor-executivo da Unyt Arquitetura. Além do seu trabalho criativo, tem interesse por gastronomia, apreciando massas e vinhos. Aprecia também destinos turísticos brasileiros com paisagens e riquezas que se conectam com a natureza.
Conheça mais sobre essas e outras características de Kardec Borges na entrevista ping-pong a seguir:
1. Qual sua formação?
Sou arquiteto formado pela PUC-GO, com pós-graduação em Gestão Corporativa para Executivos da Construção Civil. Atualmente, atuo como diretor de criação e desenvolvimento de produtos na Unyt Arquitetura, escritório que cofundamos com foco em projetos estratégicos para o mercado imobiliário e hoteleiro.
2. Tem filhos?
Não tenho filhos.
3. Quais são seus interesses e hobbies?
Tenho muito interesse por viagens, gastronomia e cultura — especialmente quando posso observar como as pessoas vivem e se relacionam com os espaços. Também gosto de caminhar e, quando possível, desligar um pouco e observar a arquitetura da vida cotidiana.
4. Qual é o seu prato, restaurante ou culinária favorita?
Gosto da simplicidade bem feita. Uma boa massa artesanal ou uma comida brasileira com toque autoral sempre me ganham. Apreciar um bom vinho harmonizado com isso também faz parte do prazer.
5. Um destino, cidade ou país que é indispensável para conhecer? Por quê?
Acho que o sul da Itália, especialmente a região da Puglia, é indispensável — por sua arquitetura vernacular, paisagens despretensiosamente sofisticadas e por como as tradições se mantêm vivas no cotidiano. Há uma beleza essencial ali que inspira.
6. E no Brasil?
Os Lençois Maranhenses são um espetáculo à parte. Aquilo não parece real. A paisagem, a luz, a sensação de estar num lugar intocado são únicas. E o Cerrado brasileiro, especialmente na Chapada dos Veadeiros e no Complexo do Terra Ronca, é uma das paisagens mais ricas e ainda pouco exploradas do país. Esses lugares misturam espiritualidade, biodiversidade e um certo isolamento que te convida à contemplação. É uma beleza que exige silêncio e respeito — e que nos lembra como o Brasil é profundo.
7. Quais são os livros, filmes, músicas ou recursos que te inspiram?
Livros como Arriscando a Própria Pele, do Nassim Taleb, me inspiram a pensar com autonomia. Filmes como Meia-Noite em Paris me lembram da importância do tempo e da criação. Na música, ouço de tudo, mas sempre com atenção ao clima — ela tem o poder de moldar nossa percepção de um espaço.
8. Rede social que mais interage?
O Instagram, principalmente por ser uma plataforma mais visual e inspiradora. Uso também o LinkedIn, de forma mais estratégica, para conteúdos de mercado e posicionamento profissional.
9. Como você equilibra sua vida profissional e pessoal?
Nem sempre é fácil, mas tenho aprendido a criar pausas conscientes. Hoje entendo que não estar disponível o tempo todo é parte do equilíbrio — e que boas ideias também nascem no ócio, na observação ou no convívio com as pessoas que nos fazem bem.
10. Qual foi o seu maior desafio?
Transformar a Unyt em uma referência num mercado exigente e, muitas vezes, conservador. Criar um posicionamento claro e manter a coerência ao longo dos anos foi — e ainda é — um desafio constante.
11. Qual foi sua maior realização até agora?
Ver projetos que nasceram como esboço virarem experiências concretas para milhares de pessoas. Criar algo que deixa marca no território e na memória das pessoas é o que mais me realiza.
12. Qual é o seu maior objetivo profissional?
Consolidar a Unyt como uma empresa de arquitetura reconhecida pela inteligência estratégica dos seus projetos, não apenas pelo traço. Quero que nossos projetos continuem sendo desejados não só pela estética, mas pela capacidade de traduzir negócios em experiências relevantes.
13. Como você promove o desenvolvimento profissional e a liderança entre os membros de sua equipe?
Com autonomia, escuta e provocação. Gosto de lançar perguntas que obriguem o time a pensar além do briefing e de envolver todos nas decisões estratégicas. A liderança se forma quando a equipe se sente parte da construção.
14. Quais são os seus principais valores e princípios?
Coerência, integridade e curiosidade. Acredito que fazer o certo, mesmo quando não é o mais fácil, é o que sustenta qualquer trajetória. E que só cresce quem está disposto a continuar aprendendo.
15. Personalidade(s) que admira no mundo dos negócios?
Admiro quem inova com consistência e tem coragem de assumir riscos com propósito. Gosto da abordagem de pessoas como Jorge Paulo Lemann pela eficiência, e de arquitetos-empreendedores como Bjarke Ingels, que reinventam o papel do arquiteto no mercado.
16. Deixe aqui a sua mensagem para o mundo. Pode ser um conselho, uma frase de efeito, algo que você mesmo criou e/ou adotou como lema de vida.
“Projetar é criar sentido. Não basta resolver — é preciso emocionar.” Esse é um norte que me acompanha em tudo que faço.