Perfil
Perfil 115 – Deni Lamb

Com 20 anos de experiência profissional na área de marketing e vendas, Deni Lamb é fundador e CEO da Lotenet, empresa especialista em lançamentos, gestão de estoque e coordenadora de vendas de loteamentos. Em suas viagens, aprecia a culinária italiana, tendo suas próprias indicações favoritas pelo Brasil.
Conheça mais sobre essas e outras características de Deni Lamb na entrevista ping-pong a seguir:
1. Qual sua formação?
Formação: Marketing | Atuação na Empresa: CEO.
2. Tem filhos?
1.
3. Quais são seus interesses e hobbies?
Meus hobbies são: leitura, viagens, gastronomia e vinhos.
4. Qual é o seu prato, restaurante ou culinária favorita?
Sem dúvida a culinária italiana é a minha preferida. Como viajo muito pelo Brasil, conheço vários restaurantes bons, mas o meu preferido é a Cantina Pastasciutta no Rio Grande do Sul. Se for lá, peça o Scalopini ai Quattro Formaggi e harmonize com Cabernet Sauvignon. Depois me conte 🙂
5. Um destino, cidade ou país que é indispensável para conhecer? Por quê?
Recentemente conheci a Escócia e a Irlanda e me surpreendi com a intensidade das experiências. As paisagens são de tirar o fôlego — vales, lagos e castelos que parecem saídos de um filme. Mas o que realmente marcou foi a riqueza cultural e histórica desses países, presente em cada pub, ruína antiga e conversa com os locais. São lugares que despertam um senso de pertencimento e admiração, difíceis de explicar — só vivendo pra entender.
6. E no Brasil?
No Brasil, dois lugares me encantam especialmente: Belo Horizonte e as cidades da Serra Gaúcha. BH, além de ser minha base, tem uma mistura única de urbanidade com alma de interior. A hospitalidade das pessoas, a boa comida e a tradição cultural fazem da cidade um lugar acolhedor e cheio de vida. Já a Serra Gaúcha me remete muito à Europa — clima mais frio, arquitetura charmosa, vinhos e gastronomia impecáveis. Gramado, Canela, Bento Gonçalves… são cidades que conseguem unir beleza natural, cuidado urbano e experiências marcantes.
7. Quais são os livros, filmes, músicas ou recursos que te inspiram?
No último ano, dois livros me marcaram profundamente. Nada Pode Me Ferir, de David Goggins, é uma aula sobre resiliência e força mental — ele mostra até onde podemos ir quando assumimos o controle da nossa mente. Já O Ego é seu Inimigo, de Ryan Holiday, me trouxe reflexões valiosas sobre humildade, propósito e como o ego pode ser um obstáculo silencioso no caminho do crescimento pessoal e profissional.
Além dos livros, me inspiro muito em conversas profundas — sejam elas em podcasts, documentários ou encontros com pessoas que admiro. Gosto de conteúdos que me tiram da zona de conforto e me desafiam a pensar diferente.
8. Rede social que mais interage?
Instagram.
9. Como você equilibra sua vida profissional e pessoal?
Esse é um dilema constante. Confesso que ainda estou buscando esse equilíbrio — e adoraria que alguém que já conseguiu me ensinasse o caminho! (kkkkk) O que tenho aprendido, aos poucos, é a importância de estar presente onde estou. Quando estou com minha família, tento realmente me desconectar do trabalho. E quando estou no trabalho, procuro estar com foco total. Não é fácil, especialmente em um mercado tão dinâmico, mas acredito que equilíbrio não é sobre dividir o tempo de forma igual, e sim sobre dar qualidade à presença em cada momento.
10. Qual foi o seu maior desafio?
Acredito que todo empresário brasileiro enfrenta grandes desafios diariamente — faz parte da jornada. Mas, refletindo sobre a minha trajetória, o maior desafio foi o início da minha carreira na área de vendas.
Cresci no interior do Rio Grande do Sul e, ainda jovem, me vi em Porto Alegre tentando me virar vendendo cursos de inglês. Eu era tímido, sem recursos, sem experiência e sem o mínimo traquejo comercial. Foi um mergulho fora da zona de conforto. Mas foi ali, enfrentando o medo de ouvir “não” e aprendendo com cada erro, que comecei a construir as bases da minha trajetória profissional. Esse início difícil me ensinou lições que carrego até hoje: resiliência, escuta ativa e a importância de se conectar genuinamente com as pessoas.
11. Qual foi sua maior realização até agora?
Tenho duas grandes realizações que me enchem de orgulho. A primeira está ligada à minha família: acompanhar o crescimento da minha filha, estar presente em sua formação, vivenciar suas descobertas e poder participar ativamente desse processo é, sem dúvida, um privilégio e uma das maiores alegrias da minha vida.
A segunda realização é ver meu outro “filho” — a Lotenet — nascer, crescer, se desenvolver e conquistar seu espaço no mercado. Mais do que um negócio, a Lotenet representa um propósito: transformar a vida das pessoas através do mercado de loteamento. Saber que estamos gerando impacto real, ajudando a construir sonhos e cidades melhores, é algo que me motiva todos os dias.
12. Qual é o seu maior objetivo profissional?
Hoje, meu principal objetivo profissional é contribuir para a formação de novas lideranças. Acredito que uma empresa sustentável e perene não pode estar centrada em uma única pessoa. É claro que a liderança é essencial, mas ela precisa ser multiplicadora, e não centralizadora.
Quero que a cultura que desenvolvemos na Lotenet — baseada em ética, inovação e impacto real — se espalhe por outras unidades, fortalecendo o crescimento do time e do mercado como um todo. Para mim, o verdadeiro sucesso está em construir algo que continue evoluindo mesmo quando a gente não estiver mais à frente. E isso só acontece quando as pessoas crescem junto com o negócio.
13. Como você promove o desenvolvimento profissional e a liderança entre os membros de sua equipe?
Assim como brincamos que para o sucesso de um empreendimento são necessárias três coisas — localização, localização e localização —, acredito que para o desenvolvimento de profissionais também precisamos de três pilares: conhecimento, conhecimento e conhecimento.
Todo ano, nos reunimos para definir metas e objetivos em conjunto, buscando o máximo de alinhamento com nossos gestores. Mas, entre todas as iniciativas, uma das mais valiosas tem sido garantir que cada pessoa da equipe tenha acesso a congressos, seminários, cursos e missões técnicas. Acreditamos que ampliar o repertório é fundamental para formar líderes preparados e com visão de longo prazo. Nesse aspecto, a ADIT tem sido uma grande parceira, contribuindo ativamente com esse processo de formação e expansão de horizontes.
14. Quais são os seus principais valores e princípios?
Acredito na verdade acima de tudo. Respeito ao próximo, trabalho duro, disciplina e lealdade são princípios que carrego comigo desde sempre — e que, naturalmente, acabaram se tornando também os pilares da cultura da Lotenet.
Não acredito em atalhos ou em resultados a qualquer custo. A construção de algo sólido e duradouro passa por fazer o certo, mesmo quando é mais difícil ou impopular. Esses valores moldam as relações dentro da equipe, com parceiros e com o mercado. São eles que garantem coerência entre o que falamos e o que fazemos — e é essa coerência que, pra mim, sustenta a confiança e o crescimento de longo prazo.
15. Personalidade(s) que admira no mundo dos negócios?
A personalidade que mais admiro não vem do mundo dos negócios, mas do esporte: Ayrton Senna. Cresci acompanhando sua trajetória e sempre me impressionei com seu nível de dedicação, disciplina e devoção ao povo brasileiro. Suas vitórias, sua postura e seu compromisso com a excelência o tornaram um ícone admirado no mundo inteiro.
Apesar de ter nos deixado há mais de 30 anos, seus valores continuam vivos — e seus ensinamentos seguem atuais. Dentro da Lotenet, temos uma sala de reunião que leva o nome dele, a “Sala Ayrton Senna”. Nela, mantemos uma réplica do capacete usado na vitória histórica de 1991, iluminado, como um lembrete constante de que superação, foco e espírito de equipe são indispensáveis no nosso dia a dia.
16. Deixe aqui a sua mensagem para o mundo. Pode ser um conselho, uma frase de efeito, algo que você mesmo criou e/ou adotou como lema de vida.
Há muitos anos, assisti ao famoso discurso do Steve Jobs na Universidade de Stanford — e desde então, ele se tornou um ritual mensal pra mim. Toda vez que assisto, me inspiro de novo. Recomendo fortemente que todos vejam, pelo menos uma vez.
No encerramento, ele diz algo simples, mas poderoso: “Stay Hungry. Stay Foolish.”
Ou, em bom português: “Continue faminto. Continue tolo.”
Essa frase carrega um conselho que levo pra vida: não importa o quanto você já tenha conquistado — continue faminto por conhecimento, por crescimento, por fazer melhor. E continue tolo no melhor sentido: acredite, mantenha o espírito do estagiário, a curiosidade viva e a ousadia de quem ainda está começando.
Então, deixo aqui meu conselho: Continue faminto. Continue tolo. E nunca pare de evoluir.