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Francisco Costa Neto lança BETA Advisory. Saiba como a butique especializada vai atuar no mercado imobiliário!
Muito mais do que oferecer soluções inteligentes para o crescimento de algum negócio, um advisor empreende, investe, ganha, perde e está no mercado há tempo suficiente para saber o que dá certo e o que não dá no segmento que atua. Responsável por trazer a indústria de timeshare para o Brasil, Francisco Costa Neto envereda, agora, por um novo desafio: ser Management Director de uma firma de Advisory, a Beta Advisory – explicada como Brazilian Entertainment Tourism Advisory.
Trata-se de uma butique especializada em: Hospitalidade, entretenimento, projetos Imobiliários de Multipropriedade, projetos de segunda residência, Tempo Compartilhado (timeshare) e Projetos de uso misto (Mixed-use). Do pré-desenvolvimento, lançamento e implantação, até o posicionamento do ativo e compra e venda, a empresa vai atuar em várias fases de projetos.
“Atenderemos proprietários de terrenos, resorts, hotéis, redes hoteleiras, parques, incorporadores, investidores, bancos, fundos de investimentos, fundos de pensão, family offices e outros stakeholders”, diz.
Entre 2006 e 2019, Costa Neto foi CEO da Aviva, detentora das marcas Hot Park, Rio Quente Resorts e Costa do Sauípe. Maior player do setor de mixed-use do Brasil, Aviva atua em Hospitalidade de Lazer, Parques Aquáticos, Timeshare, Operadora de Turismo e Multipropriedade. Ele criou o maior clube de férias da América do Sul com mais de R$ 4 Bilhões em vendas. Liderou uma operação com 13 hotéis (2.700 Uhs), 10º maior parque aquático do mundo e mais de 2,2 milhões de clientes/ano. O novo desafio vem com a vontade de trabalhar com empreendedores ambiciosos “que fazem acontecer, que em espacial tomam decisões”.
“A ausência da agenda de operação de um CEO te deixa com uma visão mais estratégica e com tempo para bolar mais negócios. É poder pensar grande em uma firma pequena, mas com impacto amplo em vários projetos e, assim, fazer a diferença no setor”, explica.
Segundo ele, a Beta proporciona a ele a oportunidade de agregar valor a outros empreendimentos. “Isso enquanto participo destes eventuais sucessos. Esse alinhamento de interesses é fundamental – coisa que aprendi no início da minha carreira no Banco Garantia. E mais que tudo, o mais legal é a velocidade de tomada de decisão de uma firma menor, é incrível o que se pode realizar simplesmente sabendo usar esta vantagem competitiva.”
Neto comandou a consolidação do destino Rio Quente e a aquisição e reposicionamento do destino Costa do Sauipe em uma das maiores operações de M&A do setor de hospitalidade e lazer. Antes do setor de turismo e entretenimento, Neto começou carreira no Banco de Investimento Garantia, e posteriormente trabalhou em posições executivas e de conselhos em vários setores como engenharia de telecomunicações, agribusiness e florestal. Ele combina perfis de investidor, conselheiro e executivo, somados à visão financeira estratégica para criação de valor. Atualmente ocupa vários cargos em associações como Resorts Brasil, ADIT e G-20.
Na entrevista ping-pong abaixo, Francisco Costa Neto explica a nova fase, detalhes do seu negócio recém-criado e como pretende seguir desenvolvendo o mercado que ajudou a construir.
1. Como foi a saída da Aviva depois de 14 anos?
Primeiro um sentimento de realização, só o fato pelo fato de ter liderado os dois maiores projetos mixed-use do Brasil, um de campo e outro de praia, um em fase de crescimento e outro de reposicionamento, já seria gratificante; mas ter liderado a criação da ‘plataforma Aviva’, que é muito mais que os dois sites, isto sim, foi bem marcante.
De fato, completei um ciclo de criação de valor – aliás muito maior que imaginava no início da jornada. Uma jornada que teve muita coragem, persistência, inovação, crescimento, conhecimento, formação de talentos, muitos momentos de good vibes, e mais que tudo entrega consistentes de resultados de customer experience, econômicos, sociais e ambientais.
Meu sentimento hoje é mix de gratidão, confiança e ambição.
Gratidão pelas pessoas que estiveram juntas nessa jornada, todos na tribo Aviva e todos aqueles parceiros que fizeram acontecer, em especial empresas como a Mapie, LED Project, Cypress, e MktMix, entre outras.
Confiante, porque eu como acionista da Aviva, hoje representado pelos meus conselheiros, sinto que a empresa está preparada para surfar esta onda da demanda do lazer que o Brasil terá nos próximos anos. A empresa de fato é uma plataforma comprovada, com uma visão estratégica definida e o time mais competente do mercado.
Ambicioso pelo fato que acredito que ambos, eu e Aviva, vamos entrar de forma independente em novo ciclo virtuoso de crescimento. Do meu lado, nunca tive tanta vontade de ‘fazer acontecer’, pretendo mudar a paisagem de nossa indústria atuando em várias frentes.
2. Como é pessoalmente não ser mais CEO da maior empresa do setor?
Eu diria que mais que tudo, eu sinto falta é das pessoas, do meu time, e da vibe que temos na Aviva. Mas reforço que sou muito grato a eles e a todos os outros parceiros que me apoiaram na criação a Aviva. Mas os trade-offs são outros, ser CEO é uma função 24/7 e você está – por mandato- 100% focado em criar e entregar a estratégia da empresa, se não for assim você não está fazendo sua função. Este tipo de compromisso limita muitas coisas no campo pessoal e profissional.
Hoje, vejo que posso conciliar meu tempo com a família, e profissionalmente, a empreender de várias maneiras no setor que conheço relativamente bem. Realmente para esta etapa da minha vida foi a melhor decisão tomada – atualmente todo dia faço esta reflexão e chego a mesma conclusão. E o que vem para frente é uma aventura, quando o telefone toca vem um outro projeto.
3. A Beta Advisory é parte da Aviva?
Não. A Beta Advisory é minha empresa individual, não tem participação da Aviva e nem é ligada a holding da minha família (FLC Participações e Investimentos S/A), que é por sua vez acionista da Aviva.
A empresa foi criada por mim para potencializar o meu conhecimento, onde pretendo contribuir com uma gama seleta de projetos.
4. O que é a Beta Advisory? Por que este nome?
Meu primeiro impulso foi pensar no alfabeto, A, A, …. bem depois de 14 anos defendendo a letra A (Aviva) pensei na próxima etapa, ou a próxima letra, e aí me veio ‘B’, que gerou um caminho para ‘BETA’ – Brazilian Entertainment Tourism Advisory.”
A Beta Advisory é uma boutique de Advisory estratégico no segmento, criada por uma demanda recorrente e viabilizada pela própria maturidade atual de escala de investimento, e com ele, a preocupação de risco do setor.
Ela nasceu muito da demanda de consultas de projetos que tive como CEO da Aviva, que na época não podia atender. Durante estes anos percebi o que estas pessoas realmente têm procurado é Advisory. Vi que temos muitos consultores – por sinal de excelente qualidade técnica, em diversas especialidades, porém não temos uma firma como uma solução agregadora ou completa de Advisory no nosso mercado, como existem em outros setores como bancos de investimento, tecnologia, firmas de management consultants, tais como BCG etc
Percebi também que as pessoas muitas vezes confundem o papel de Consultores e Advisors. Eles são de fato diferentes, mas quase sempre os dois são essenciais para o projeto.
Advisors são generalistas, e atuam em várias frentes como estratégia, plano de negócio, produto, incorporação, finanças, marketing, vendas, operações e geralmente têm experiência extensa em várias fases do projeto.
Também pela caraterística e prazo dos projetos, Advisors mantém relacionamentos duradouros com seus clientes; quase sempre buscam objetivos mais amplos como desenvolver um terreno, desenvolver um destino, implantar um novo modelo de negócio ou fazer o turnaround de um ativo,
5. Como pretende entregar esta agregação de valor?
Na verdade, acredito em um ‘Advisory prático’ onde podemos agregar Know-How de um acúmulo multidisciplinar e tomada de decisões, que eu chamo de ‘cases studies’ que você já viveu ou acompanhou na sua carreira nos campos de estratégia, gestão de negócios etc; e o ‘Know-Who’, que é o hall de profissionais que temos para trazer durante toda as fases do projeto ou o que eu chamo de ‘time’, que vai fazer isto acontecer. Na verdade, a Advisory nada mais é do que eu fazia como CEO, só que com vários projetos, provendo o meu cliente um ex-CEO com toda vivência, literalmente embarcado no projeto.
E talvez o mais importante é que sinto que posso me identificar com meu cliente de forma empática, não como consultor, mas de forma multidimensional, como investidor, conselheiro e principalmente executivo; já exerci todos os estes papéis – não sei de muitas pessoas que podem afirmar isto.
6. Como você vê o mercado e o timing de lançamento desta nova fase?
Nunca se teve tanta oportunidade de gerar tanto valor em todos os nossos segmentos. O Brasil vai viver uma fase única no turismo de lazer e lazer imobiliário nos próximos 5-7 anos, e espero fazer impacto relevante nessa janela da nossa história.
A minha contribuição só está começando.
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