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Confira a opinião de Paola Figueiredo sobre a iniciativa da ADIT Brasil em difundir conhecimento acerca das comunidades planejadas

1) ADIT pergunta: Como você vê a iniciativa da ADIT de missões ao exterior?
A ADIT tem sido muito feliz em trabalhar para que os diversos segmentos do mercado imobiliário e turístico troquem experiências, façam network e criem oportunidades para a realização de negócios. Participamos de várias associações, mas o foco da ADIT em juntar conhecimento, pessoas e negócios para que o desenvolvimento dos mercados imobiliário e turístico se dê de forma mais sustentável é único. As missões ao exterior, cuidadosamente planejadas, são momentos para se conhecer outras formas de se alcançar o objetivo de termos empreendimentos cada vez mais rentáveis e voltados às pessoas. A última missão, ligada ao desenvolvimento de novas comunidades planejadas, foi muito instrutiva e nos fez refletir sobre as muitas formas que vimos de oferecer qualidade de vida com baixos custos operacionais, por exemplo. Não que todos os modelos lá de fora possam ser replicados em nossa realidade, mas muitos conceitos podem ser plenamente adaptados para que o negócio de desenvolvimento de comunidades planejadas se dê de forma mais sustentável para investidores e futuros habitantes.
2) ADIT pergunta: O que seria uma Comunidade Planejada Sustentável?
Uma comunidade sustentável é aquela que oferece qualidade de vida sustentável para seus habitantes. A princípio são quatro os condicionantes que traduzem o que seja qualidade de vida sustentável: Tempo, Bem-estar, custos e integração. Uma comunidade sustentável é planejada para que as pessoas tenham mais tempo para si, para a família, para o lazer, para a educação e para o trabalho, isto é, o planejamento é feito focado em menor e fácil mobilidade visando reduzir o desperdício de tempo (é das poucas coisas que não tem como se recuperar, pelo menos até agora) e aumentar a sensação de produtividade. Em uma comunidade sustentável o seu planejamento é feito de modo a gerar uma percepção de bem-estar nos habitantes, seja em termos visuais, de disponibilidade de serviços, de segurança, de conforto térmico, de harmonia, de aprazibilidade, cultura etc.. Em uma comunidade sustentável o planejamento e a operação se preocupam com baixos custos ao longo da vida útil, implicando em paisagismo, técnicas de drenagem e materiais, por exemplo, adequados e disponíveis na região. Por último, uma nova comunidade para ser sustentável precisa estar adequadamente integrada física e culturalmente às comunidades ao seu redor. De uma forma bastante resumida são essas as características principais que levam à percepção de boa qualidade de vida sustentável para os futuros habitantes.
3) ADIT pergunta: Quando começa e quando termina o trabalho de consultoria para o desenvolvimento de comunidades planejadas sustentáveis?
O trabalho de consultoria para o desenvolvimento de comunidades planejadas sustentáveis tem por objetivo contribuir, de forma efetiva, para reduzir riscos, custos e prazos de aprovação do empreendimento e para aumentar o valor percebido (pelos potenciais compradores, incorporadores e investidores), a velocidade de vendas e proteger a rentabilidade dos investidores. Assim, o trabalho de consultoria deve estar presente desde o momento em que terminam os estudos de análise legal, de vocação e de potencial construtivo e se vai partir para a elaboração de um primeiro Master Plan. A consultoria acompanha as diversas fases de desenvolvimento, de mitigação de riscos, de desenvolvimento participativo e colaborativo do projeto, de preparação dos materiais para Road Show de investidores, de comercialização de áreas e até o treinamento dos corretores envolvidos e, também, assessorando na implantação e na operação sustentável. O foco do trabalho da consultoria é proteger a rentabilidade do negócio tendo as autoridades, os futuros habitantes e os impactados pelo empreendimento satisfeitos com o projeto e seu desenvolvimento e operação. Se não for um empreendimento ganha-ganha-ganha não será sustentável.
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